O Nosso

PROJETO EDUCATIVO

 

PROJETO EDUCATIVO

  1. Introdução
  2. Uma sociedade de procuras
  3. Uma escola de encontros
  4. O nosso modelo pedagógico
  5. Modelo democrático e cooperativo
  6. Pedagogia diferenciada
  7. Método interativo
  8. Posturas ativas e de suporte por parte de todos
  9. Trabalho de aprendizagem curricular por projetos cooperativos
  10. Trabalho curricular comparticipado pela turma
  11. Organização e gestão cooperada em conselho de cooperação educativa
  12. Circuito de comunicação para difusão e partilha dos produtos culturais
  13. Trabalho autónomo e acompanhamento individual
  14. Avaliação
  15. Acantonamentos
  16. Referências bibliográficas
 

1. Introdução

A infância é uma etapa privilegiada na idade do Homem. Julgamos que nunca, como nesta altura, o ser humano é tão aberto, tão empreendedor. Aberto às experiências, à intuição do conhecimento, ao gosto de aprender e de saber. À avidez e à a alegria de “fazer” junta-se a necessidade de se exprimir pela fala, de comunicar e de assumir uma voz socialmente participativa; nos relatos do quotidiano e nas histórias, pelo faz-de-conta, permitindo todas as fantasias, pelo desenho para exprimir o que se sente e o que vê. A disponibilidade para a aprendizagem da VIDA é enorme.

A Escola também deve ser um espaço privilegiado de resposta às necessidades, desejos, expetativas dos alunos. Um espaço democrático onde fluí a comunicação, um local de investigação, um centro de cultura e cidadania, permanentemente aberto ao meio, à VIDA, o que implica, necessariamente, uma reestruturação nas dinâmicas do poder.

Esta reestruturação implica a partilha do poder, que pressupõe a libertação, a promoção e o desbloqueamento da palavra, só possível porque integrada num clima favorável à expressão. É através da libertação da palavra que passam para a Escola as vivências dos alunos, os seus valores, os seus saberes e saberes - fazer que cada um partilha com os outros numa Escola – espaço de aprendizagem em cooperação.

Nóvoa (1992), refere que uma pedagogia de sucesso será aquela que terá o seu ponto de partida nas aprendizagens contextualizadas, dando - lhes um sentido real, reproduzindo processos sociais adjacentes. Ainda nesta linha de pensamento, Dewey (1916) e Thelen (1960), referidas por Arends (1995), a sala de aula deveria ser uma micro sociedade, uma democracia em ponto pequeno, tudo isto dentro de regras e procedimentos que envolvessem os alunos nos processos e lhes fosse atribuída responsabilidade.

É assim que, inseridas em estruturas de comunicação, participação e democracia se constrói a história de um grupo, a sua cultura, num processo sempre dinâmico de interação entre alunos, entre professor - alunos, entre a Escola e a Comunidade.

Este modelo cultural de organização social do trabalho de aprendizagem escolar e de desenvolvimento sociomoral dos educandos estrutura - se a partir de alguns conceitos nucleares, que visam construir a formação democrática através dos circuitos de comunicação, as estruturas de cooperação educativa e a participação democrática direta, assentando esta estrutura no trabalho cooperativo, projetos de investigação de estudo ou de intervenção social, quer seja realizada na escola ou na sociedade (Niza 2005).

Todo o trabalho assenta numa organização social e responsável, onde a expressão dos alunos, os seus interesses mais profundos, são colocados em comum e organizados em conjunto para levar à aquisição de conhecimentos e ao cumprimento do Currículo nacional, que desde o início do ano é entregue à regulação cooperada com eles.

Nesta Escola, cada um tem o direito de ser diferente, de crescer em democracia pelo seu exercício quotidiano, apropriando - se de modelos de participação. Pois é uma escola inclusiva e respeitadora de toda a diversidade, dá ao aluno o direito à diferença e apresenta soluções no sentido de que todos tenham sucesso nas suas aprendizagens.

Assim, respondendo às várias caraterísticas dos alunos, bem como às suas necessidades específicas, organizam - se as salas de modo a haver vários espaços e materiais que possam responder ao trabalho diversificado , facilitador da autonomia dos grupos. As aulas dispõem, então, para isso, de todo o material indispensável à especialidade a que se destinam, material esse que está estruturado e disponível para a sua fácil utilização.

Este modelo de organização pedagógica pressupõe uma autêntica cooperação educativa. Consequentemente o professor assume uma postura de partilha com os alunos, de poder de decisão sobre a vida da turma, contribuindo, tal como cada um dos outros elementos do grupo, com o seu saber e a sua capacidade de trabalho. O professor desempenha um papel de mediador, oferecendo - se como modelo, promovendo o auto - conhecimento e as consciencializações dos alunos. O professor é assim um auditor, um animador, um agente cívico, democrático.

Os alunos são sujeitos ativos, construtores de projetos, coorganizadores do trabalho, comunicadores, produtores de saberes.

A Escola é, assim, efetivamente, uma Escola para TODOS, especialmente para os mais vulneráveis e com mais necessidades.

2. Uma sociedade de procuras

Vivemos nas sociedades momentos de crise de identidade. Não é de agora, mas esses momentos – para os quais o Homem ainda não se sente convenientemente preparado – refletem - se nas inúmeras estruturas sociais que procuram promover nas suas reflexões a busca de um equilíbrio em torno das novas realidades existentes, assim como das necessidades que entretanto vão surgindo cada vez mais evidentes.

Essa procura tem favorecido o (re)surgimento de valores no sentido da cidadania – como a solidariedade, a cooperação, a inclusão, a ecologia... - que se vêm afirmando como vetores essenciais de desenvolvimento.

São, por isso, sociedades em busca de si próprias e Homens entregues à pureza das suas utopias. Somos, por isso, indivíduos sedentos de poesia porque da poesia, como diz o próprio poeta, nos alimentamos. Queremos assumir este sentido e por isso aqui estamos: a participar nesta construção ativa; a construir ativamente esta participação; a ativar a construção da participação.

3. Uma escola de encontros

As escolas são, cada vez mais, lugares por excelência no desenvolvimento das crianças. São espaços sociais de emoções, de trocas e de aprendizagens; são dinâmicas permanentes; são interações espontâneas; são estruturas formativas. São, por isso, inevitáveis centros de conflitualidade onde as certezas e incertezas da sociedade se refletem, onde as inclusões e exclusões se manifestam, onde tão facilmente se promove a felicidade como se consegue a injustiça...

Cabe-nos a nós, comunidade educativa, construir uma escola que seja um espaço onde se praticam os valores essenciais na construção de uma vida democrática, uma escola onde se defenda, o nde se viva, onde se acredite e onde se lute por uma verdadeira escola para todos, numa efetiva educação para a cidadania.

Uma educação para a cidadania que se torne, acima de tudo, uma crença e uma descoberta de cada um e de todos, consigo e com os outros, nas dimensões pessoal, cultural e social de cada indivíduo:

Numa dimensão pessoal, onde se promova um efetivo desenvolvimento:
• da auto - estima;
• da consciência do seu percurso de aprendizagem;
• da consciência de si;
• da solidariedade;
• do sentido de justiça;
• do sentido crítico;
• da autonomia;
• do sentido de responsabilidade;
• da perseverança;
• da capacidade de organização;
• da capacidade de decisão;
• da espontaneidade;
• da criatividade.

Numa dimensão cultural, onde se procure fomentar a aquisição de um saber estruturado em domínios diversificados, assim como a construção de produtos culturais partilháveis.

Numa dimensão social, onde se insista, numa obsessão coerente e permanente, por uma prática que privilegie o desenvolvimento:
• da capacidade de intervenção;
• do respeito pelos outros;
• da relação com o outro;
• da cooperação;
• da capacidade de comunicação.
Uma escola para todos significa o respeito por cada um, pelas suas diferenças e caraterísticas, pelas suas opiniões e crenças, pelas suas vontades e prazeres. A estrutura cooperativa pressupõe que cada um dos membros do grupo só possa atingir o seu objetivo se cada um dos outros o tiver atingido também, quer dizer, o sucesso de um aluno contribui para o sucesso do conjunto dos membros do grupo.

A escola é um espaço de encontros, onde os conhecimentos, as expetativas, os afetos e a criatividade de cada um se cruzam, numa fluência que se pretende partilhada em grupo, m dinâmicas de cultura e saber, onde cada criança sente a oportunidade que é ser-se capaz de investigar, de conseguir saciar as suas curiosidades e dúvidas, de lutar pelos seus saberes num ambiente verdadeiramente solidário e democrático que transmita ao mesmo tempo a segurança e a alegria de estarmos juntos, assim como a sensação e a certeza de que o presente e o futuro somos nós que o construímos!

É, igualmente, um espaço onde cada um se encontra consigo mesmo, nas suas procuras de crescimento e personalidade, na verdade das suas relações, dos seus medos, gostos, raivas e angústias... na (in) certeza da sua pessoa. Será, por isso também, um espaço onde todos se irão conhecendo melhor a si próprios, guiados e guardados por toda uma dinâmica socio-cêntrica, natural e reflexiva, que procura promover o real crescimento de cada um, como ser e como cidadão.

Queremos estar neste encontro da construção do presente e do futuro, da luta pelas utopias. E para tal é nossa coerência procurarmos e refletirmos permanentemente sobre os caminhos que percorremos, com o espírito insatisfeito de quem procura sempre mais e melhor, mas ao mesmo tempo orgulhoso e seguro de quem gosta de se sentir à procura porque a procura é um ato de coragem e de participação. E é por isso que é preciso ser-se e estar-se vigilante, nas palavras e nas ações.

4. O nosso modelo pedagógico

As procuras e os encontros consubstanciam-se com práticas sólidas e a força integrativa e formadora que a organização representa. Cada instituição deverá implementar uma dinâmica reflexiva suscitada pelo desenvolvimento das práticas profissionais dos seus elementos na construção duma praxis pedagógica/democrática. É assim que nasce o que se chama de Modelo Pedagógico, onde a pedagogia é entendida como uma cultura, algo por nós construído para guiar a ação, mas logo transformado pela reflexão crítica e autoformativa.

Desde a sua fundação, que a nossa instituição procura desenvolver a sua cultura no âmbito do Modelo Pedagógico do Movimento da Escola Moderna.

“Este modelo cultural de organização social do trabalho de aprendizagem escolar e de desenvolvimento sociomoral dos educandos estrutura-se a partir de alguns conceitos nucleares, que visam construir a formação democrática através dos circuitos de comunicação, as estruturas de cooperação educativa e a participação democrática direta, assentando esta estrutura no trabalho cooperativo, projetos de investigação, de estudo ou de intervenção social, quer seja esta realizada na escola ou na sociedade”, (Niza 2005).

Segundo Niza (1998), o Modelo Pedagógico do Movimento da Escola Moderna tem por base um conjunto de orientações que imprimem direção ao processo educativo, na convicção de que os meios pedagógicos veiculam em si os fins democráticos da educação:
• A ação educativa centra-se no trabalho diferenciado dos alunos e não no ensino simultâneo do professor.
• O desenvolvimento das competências cognitivas e sócio-afetivas passa pela ação e pela experiência, efetiva, dos alunos, organizados em estruturas de cooperação educativa.
• O conhecimento constrói-se pela consciência do percurso da própria construção: os alunos caminham dos processos de produção integrados nos projetos de estudo, de investigação ou de intervenção, para a compreensão dos conceitos e das suas relações.
• Os alunos partem do estudo, da experiência e da ação nos projetos em que se envolvem, para a sua comunicação. A necessidade de comunicar o processo e os resultados de um projeto de trabalho dá sentido social e imediato às aprendizagens e confere-lhes uma tensão organizadora que ajuda a estruturar o conhecimento.
• A organização contratada da ação educa tiva evolui por acordos progressivamente negociados pelas partes (professores e alunos e alunos entre si). A gestão dos conteúdos programáticos, a organização dos meios didáticos, dos tempos e dos espaços faz-se em cooperação formativa e reguladora.
• A realização de trabalho escolar fora da sala de aula (trabalhos de casa) apenas decorrerá do Plano Individual de Trabalho.
• A organização de um sistema de pilotagem do trabalho diferenciado dos alunos, em estruturas de cooperação, assenta num conjunto de mapas d e registo. O sistema de pilotagem sustenta o planeamento e a avaliação cooperada das aprendizagens e da vida social da turma.
• A prática democrática da organização, partilhada por todos, institui-se em Conselho de Cooperação Educativa: o Conselho, com o apoio cooperante do professor, é a instituição formal de regulação social da via escolar.
• Os processos de trabalho escolar devem reproduzir os processos sociais autênticos da construção da cultura nas ciências, nas artes e na vida quotidiana: as estratégias de aprendizagem orientam-se pelas estratégias metodológicas próprias de cada área científica, tecnológica ou artística e não por transposições didáticas.
• Os saberes e as produções culturais dos alunos, partilham-se através de circuitos sistemáticos de comunicação e de aprendizagem.
• A cooperação e a interajuda dos alunos na construção das aprendizagens, dão sentido social imediato ao desenvolvimento curricular.
• Os alunos intervêm no meio, interpelam a comunidade e integram na aula “atores” da comunidade educativa, como fontes de conhecimento dos seus projetos de estudo e de investigação.
Estes princípios determinam uma dinâmica que assenta num modelo democrático e cooperativo, na pedagogia diferenciada, em metodologias interativas e, naturalmente, em posturas ativa e de suporte por parte de todos.

5. Modelo democrático e cooperativo

É fundamental num modelo destes a participação democrática direta na organização e gestão do currículo e da escola enquanto formação para a vida democrática. Os valores, as atitudes e competências sociais e éticas que a democracia integra constroem-se com todos em cooperação, em evidentes relações simétricas e assimétricas que vão desenvolvendo a própria democracia na escola. Esta, na interacção escolar e formativa, requer uma participação direta e não em forma de delegação ou de representação. A relação democrática na pedagogia do MEM pressupõe, assim, a gestão cooperada do currículo escolar, bem como de todas as dinâmicas que a operacionalizam: planeamento, realização e avaliação, que desta forma, em permanente construção, se assumem como operações formativas na apropriação do currículo, integrando todo o processo de ensino-aprendizagem. Algumas destas caraterísticas, promotoras de atitudes e valores democráticos são:
• A regulação cooperada das aprendizagens e das relações sociais que as engendram;
• O controlo democrático e direto das decisões e poderes;
• O uso sistemático do debate e da negociação de objetivos e procedimentos;
• O uso de estruturas de cooperação na apropriação e construção da aprendizagem;
• O desenvolvimento constante da partilha.

“ A estrutura cooperativa pressupõe que cada um dos membros do grupo só possa atingir o seu objetivo se cada um dos outros o tiver atingido também. O sucesso de um aluno contribui para o sucesso do conjunto dos membros do grupo.” (Niza, 1998, p.79) “A aprendizagem cooperativa permite aos docentes alcançar várias metas importantes ao mesmo tempo. Em primeiro lugar, ajuda-o a elevar o rendimento de todos os alunos, incluindo tanto os especialmente dotados como os que têm dificuldades para aprender. Em segundo lugar, ajuda-o a estabelecer relações positivas entre os alunos, assentando assim as bases de uma comunidade de aprendizagem em que se valoriza a diversidade. Em terceiro lugar proporciona aos alunos as experiências que necessitam para alcançar um saudável desenvolvimento social, psicológico e cognitivo.” Jonhson, Jonhson, Holubec, (1999, p.9)

6. Pedagogia diferenciada

Uma pedagogia diferenciada pelo respeito que nos merece a criança; pela lógica que é o assumir que as nossas diferenças, as nossas caraterísticas e as nossas necessidades implicam uma forma diferenciada de estar, num ensino que valorize o sentido social das aprendizagens; pela consciência que esta realidade irá determinar novas formas de gestão – de saberes, de capacidades, de afetos, de interesses... - onde o papel do professor, do grupo e da partilha irá ser fundamental na compreensão, no conhecimento e no crescimento de cada um de todos; pela essência que é acreditar-se que os dias de hoje já não se compadecem com a imagem mais ou menos estereotipada do passado onde todos os alunos aprendem e têm que aprender a mesma coisa ao mesmo tempo e da mesma maneira!

7. Método interativo

Tendo por base uma teoria socioconstrutivista, trabalhamos com um método interativo, onde ouvir o que a criança tem para nos dizer e dar-lhe a oportunidade de falar do que está no seu interior é uma maneira desta se reconstruir. Esta ideia, desenvolvida por Vygotsky, defende que a criança tem dentro de si ideias sobre as coisas que viveu, que sentiu, tocou, observou, entre outras, e é a partir dessas ideias que o professor deve iniciar a construção do conceito a que se propõem trabalhar. O conhecimento é isto mesmo, um constante avançar e recuar para reorganizar as novas ideias que se vão encaixando no nosso pensamento ecológico, sendo que, tudo isto é operado pela linguagem, um poderoso meio de mediação com o outro e com a sociedade, mas acima de tudo, com ele mesmo.

8. Posturas ativas e de suporte por parte de todos

O aluno tem, deste modo um papel ativo, o papel principal na construção e avaliação das suas aprendizagens e está em contínua interacção com o grupo, numa permanente produção e comunicação, o que é fator essencial para o seu crescimento, já que a tomada de consciência do seu percurso, das suas conquistas e fragilidades irá contribuir para a sua estruturação – como aprendiz e como cidadão. Por outro lado, ao favorecer-se uma intervenção consciente na vida da comunidade escolar, desenvolve-se a capacidade de reflexão, o sentido crítico e a responsabilização, o que, por sua vez, irá contribuir para a promoção da sua autonomia. E à medida que a criança se vai tornando mais autónoma, vai sendo cada vez mais capaz de colaborar, de cooperar e de ser solidário.

O professor representa um agente cívico e democrático, de suporte, assumindo um papel de animador e facilitador das aprendizagens e das dinâmicas. É um elemento do grupo que, participa e incentiva o diálogo e a cooperação, nos vários momentos significativos, favorecendo a tomada de consciência dos vários processos em curso, criando uma verdadeira comunidade de aprendizagem capaz de promover sucessos e reconhecer obstáculos.

A dinâmica deste modelo pressupõe, também, uma diferente orientação no que diz respeito à avaliação. Assim, a avaliação (auto e hetero) é encarada como uma prática reguladora do ensino/aprendizagem, numa vertente formativa onde alunos e professores se responsabilizam pelas aprendizagens, em partilhas e dinâmicas permanentes e constantes, relativamente a tudo e não só aos saberes, através de competências transversais e com sentido que atravessam todo o Ciclo escolar.

Tudo isto se desenvolve em cinco estruturas de trabalho curricular de diferenciação pedagógica (explicitadas no Projeto Curricular da Escola):

9. Trabalho de aprendizagem curricular por projetos cooperativos

Trabalho cooperativo em projetos temáticos de estudo, de produção artística, de pesquisa científica ou intervenção social, para desenvolvimento das aprendizagens curriculares, acompanhado rotativamente pelo professor.

10. Trabalho curricular comparticipado pela turma

Trabalho em coletivo, onde, com a colaboração ativa dos professores e comparticipada por todos, se constroem ou se reconstroem conceitos e saberes ou se procede à revisão ou reescrita de textos que sirvam as diversas áreas do currículo.

11. Organização e gestão cooperada em conselho de cooperação educativa

Reuniões de Conselho para planeamento, avaliação, análise de ocorrências significativas, reflexão ética para clarificação e construção de regras de vida para o desenvolvimento sócio-moral (instrumentos de planeamento/avaliação e Diário de Turma).

12. Circuito de comunicação para difusão e partilha dos produtos culturais

Comunicação e difusão do trabalho em projetos, apresentação de produções, divulgação de publicações, exposição de trabalhos, troca de correspondência e interacção virtual. Estas acções são submetidas à reflexão sobre os efeitos da sua apropriação ou utilização social.

13. Trabalho autónomo e acompanhamento individual

Estudo e aprofundamento dos conteúdos disciplinares, treino e produção inteletual dos alunos guiados por um plano individual de trabalho periódico. Trabalho rotativo do professor para ensino interativo dos alunos que precisam de acompanhamento individualizado.

14. Avaliação

O Projeto Educativo é avaliado todos os anos escolares, em Conselho de Docentes, de acordo com as necessidades apresentadas dos diferentes grupos e educadores e professores. Consideramos a avaliação uma etapa do trabalho de projeto, onde refletimos sobre a escola que temos e a escola que queremos ter. Esta avaliação será feita com base na nossa vivência escolar e nas investigações pedagógicas e científicas discutidas na nossa formação profissional.

15. Acantonamentos

Todos os anos, o grupo dos meninos que vão para o 1º ano, bem como as turmas todas do 1º Ciclo realizam um projeto de grupo – o Acantonamento. Estas iniciativas, muito importantes e que fazem parte do Projeto Educativo da Escola, acarretam um conjunto de objetivos e dinâmicas que são trabalhadas especificamente com os respetivos docentes. Assim, em tempos diferentes e definidos por cada grupo, os meninos envolvem-se em tudo o que tem a ver com a preparação de uma saída de vários dias (2, 3, 4 ou 5, em função dos grupos), onde para além de aspetos relacionados com as vivências entre todos e as valências emocionais que isso aporta para cada um e para o grupo, participam ativamente nos vários aspetos inerentes a este tipo de iniciativas, que implica uma grande logística e aporta possibilidades de trabalho de campo únicas. Temos, por isso, como certo, que estes momentos – antes, durante e depois – deixam nos alunos riquíssimas experiências que geralmente os acompanham para o resto das suas vidas de forma carinhosa e emocionada. Experiências de vida em comum, de relacionamento, de autonomia, de aprendizagens outras...

16. Referências bibliográficas

Niza, S. (1998). A organização social do trabalho de aprendizagem no 1º Ciclo do Ensino Básico. Inovação, 11, 77-98.
Exposição do Movimento da Escola Moderna (apresentada quando a Associação comemorou os 40 anos de existência).

ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES CURRICULARES

O Projeto Educativo desenvolve-se em cinco estruturas de trabalho curricular:









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